
Já houve um tempo em que não existiam transformers, nem carros off-the- road, com motores a pilha, nem bonecas caríssimas e tão bonitas como gente de verdade. Era um tempo em que não havia TV. Nem cinema. Mas os jovens e as crianças brincavam felizes, tanto ou mais do que agora. É que havia muitos jeitos de se divertir.
As famílias se reunião – mesmo as pessoas mais velhas, que tinham alma de gente nova – e brincavam de caí no poço, de atirei o pau no gato, de cabra-cega experimentavam a corrida em busca da bandeira e tentavam encontrar o escondido no esconde esconde. Era uma quantidade enorme de coisas divertidas, que faziam com que todos estivessem mais próximos uns aos outros.
Nas brincadeiras de antigamente, havia sempre um líder, um animador ou uma vítima, alguém que participava e era considerado “café-com-leite”, não tinha nenhuma função na brincadeira.
Em localidades da zona rural em que a tecnologia ainda era distante o melhor que se tinha a fazer era inventar, criar meios de diversão, talvez tenha sido por essas necessidades que os moradores costumavam sentar nas calçadas ao caí da noite para conversar e ver o tempo passar, não tendo nenhum outro meio de diversão as crianças se lançam no mundo da magia, brincando as mais variadas brincadeiras.
Ninguém sentia falta de nada, nenhuma criança tinha inveja do carro, do cavalo, da boneca, da outra, isto porque todos os brinquedos eram iguais. O mundo parecia ser delas e cada dia brincava mais e mais.
Hoje a localidade parece à mesma nenhuma grande construção, nada que pudesse interferir radicalmente a vida das crianças, que, hoje passam horas e horas em frente a uma televisão, é como se o egoísmo, a individualidade fosse criando formas no olhar e nos gestos de crianças que até pouco tempo atrás socializava as mais simples brincadeiras.
A tecnologia veio, era tão esperada pelos moradores que quando a primeira casa foi instalada energia elétrica e o primeiro morador comprou uma televisão, a localidade inteira fez uma festa, ainda baseada nas cantigas de rodas, sanfoneiros, a criançada corria como se ali estivéssemos marcando a passagem de um tempo, marcado pela simplicidade, a inocência das crianças, a rigidez dos pais, a doçura da infantilidade, por um novo tempo, em que as crianças passariam a questionar a ordem de um pai, em que as brincadeiras infantis fossem deixadas de lado por não fazer mais parte do novo mundo, e ele chegou, se instalou juntamente com a primeira televisão e viajou junto a rede de energia, propagando uma série de mudanças que mudaria para sempre a memória e principalmente a História das crianças.
Hoje, atirei o pau no gato, passou por intervenções pedagógicas, para não incentivar as crianças a mal tratarem os animais, a música que fazia a alegria das crianças virou não atire o pau no gato, Esconde-esconde, quase não se houve falar, as crianças preferem assistir o pica-pau, João trepa, os pais proíbem com medo das crianças se machucarem, carro de lata, motivo de gozação, a maioria brinca com novas tecnologias. O tempo novo veio e o velho parece ter sido esquecido até mesmo por quem viveu.
Atualmente a escola tenta fazer com que os alunos voltem a brincar de forma saudável, pouco se ver as brincadeiras de antigamente, algumas ainda são relembradas como o barco e o avião de papel, parece que a bandeira, cabra-cega desapareceu. Outras são introduzidas aos poucos no dia das crianças, algumas brincadeiras são rejeitadas como: cavalo de talo, boneca de pano, entre outras.
Todas as crianças costumavam brincar as mais diversas brincadeiras é como se o tempo permanecesse igual todo o dia, sem alterações, a criança que em dia de chuva lançavam seus barcos nos lagos feitos pela chuva, que nos dias de vento assobiavam para chamar o vento e lançavam seu aviãozinho, as crianças que corriam, que cantavam, hoje não cantam mais, hoje, são ocupadas demais.
Jak,o seu texto apresentando informações sobre as brincadeiras infantis, é muito interessante,apesar do avanço das tecnologias,ainda tenho saudade do aconchego familiar e das bricadeiras.Quando a saudade aperta,reuno minha familia e me mando para o interior.
ResponderExcluirParabéns. Seu blog está muito interessante. O seu resgate histórico sobre as brincadeiras infantis que tantos já esqueceram, outros não comentam mais e os que lembram é como se tivesse vergonha de brincar ou falar.
ResponderExcluirInfelizmente as crianças de hoje passam a maior parte de seu tempo disponivel assistindo TV, compartilhando o individualismo, pouco se ver crianças brincando de roda ou outra brincadeira que não envolva as mais modernas tecnologias é como se no tempo delas o passado não existisse mais.
As fotos estão bem colocadas, pois mostra brincadeiras já esquecidas, perdidas entre a memória dos mais velho, sendo brincada por jovens que ainda acreditam na infância natural.
Sugestão: coloque mais fotos e mais comentários sobre outras brincadeiras, ficaria bem interessante.